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Artigo Científico Original

Síndrome de Burnout e qualidade de vida em fisioterapeutas intensivistas do Estado de Sergipe

Yago Alves Lima, Mariana Andrade Dantas, Lucas Aragão da Hora Almeida, Fernanda Oliveira de Carvalho, Carlos José Oliveira de Matos

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Resumo

Introdução: A Unidade de Terapia Intensiva é um ambiente considerado estressante, podendo afetar a qualidade de vida do fisioterapeuta intensivista e originar a Síndrome de Burnout. Objetivo: Avaliar a presença de Síndrome de Burnout, a qualidade de vida e a correlação com carga horária. Métodos: Estudo transversal realizado com 56 fisioterapeutas atuantes em UTIs do estado de Sergipe. Foram aplicadas duas escalas, o Medical Outcomes Short-Form Health Survey que avalia qualidade de vida e o Maslach Burnout Inventory que avalia a Síndrome de Burnout, e um questionário sociodemográfico. Resultados: O sexo feminino foi mais prevalente, com 80,3% da amostra, a média de idade foi 31,6±5,6 anos. Na qualidade de vida, o domínio mais afetado foi Dor com uma mediana de 62,0 pontos. Na escala para Síndrome de Burnout, a Exaustão emocional teve média de 28,9±5,9 pontos com pontuação correspondente a alto nível em 62,5% da amostra; a média de pontos em Realização profissional foi de 15,1±3,7 pontos, com alto nível de pontuação em 100% da amostra; e a Despersonalização obteve uma média de pontos de 17,05±2,9 com alto nível de pontuação, presente em 92,8% dos fisioterapeutas. A qualidade de vida e a Síndrome de Burnout não se correlacionaram com carga horária. Conclusão: Exaustão emocional, Despersonalização e Realização profissional atingiram pontuação equivalente a nível médio e alto em grande proporção. A Vitalidade o domínio mais afetado da qualidade de vida. Não houve correlação com carga horária

Palavras-chave

Unidades de Terapia Intensiva; Esgotamento Profissional; Serviço Hospitalar de Fisioterapia; Fisioterapeutas; Estresse Ocupacional.

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Submetido em:
12/03/2021

Aceito em:
21/09/2021

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